15 DE JULHO - 2 DE AGOSTO, 2019. LISBOA, PORTUGAL
ESCOLA DE VERÃO 2019 - EM TECNOLOGIAS DE CESTARIA PORTUGUESA
O Summer Camp de Cestaria Portuguesa foi uma iniciativa do Ministério da Cultura em parceria com a Fundação Michelangelo e a Fundação Ricardo Espírito Santo Silva.
O Summer Camp de Cestaria Portuguesa teve a duração de três semanas e decorreu no Museu de Arte Popular (MAP) em Lisboa, Portugal.
10 estudantes (licenciatura, mestrado ou doutoramento) nas áreas do design, da arquitetura e das artes exploraram cinco técnicas ancestrais de cestaria, com cinco mestres-artesãos nacionais, criando projectos originais com o apoio de orientadores de design.
Os trabalhos resultantes foram incluídos na exposição “Um Cento de Cestos” com curadoria de Astrid Suzano e Fatima Durkee (co-fundadoras da Passa Ao Futuro).
RESULTADOS
ClaReira
Tapete, espaço de descanso em Junça
Ana Paula Abrunhosa- artesã
Mariana Campos- estudante
Emma Cogné- estudante
Como pode a cestaria criar um espaço dentro dum espaço?
Clareira Stipa Gigantea é uma fibra natural usada na técnica da junça; proveniente da Beselga, Viseu. Clareira nasceu para criar um espaço para descançar num ambiente comum. Usamos a técnica da trança, chamada por «ponto», técnica tradicionalmente feita por mulheres para construir três tapetes densos. Estes tapetes circulares foram fundidos numa única forma sensual para proteger o corpo. À volta desta forma as fibras saem na sua forma crua, uma barreira suave que autoriza experiências sensoriais. Clareira, como homenagem a junça, foi desenhado para imergir no campo.
Créditos fotográficos: Jenna Duffy
Coreto
Mesa de centro em Junça e Baracejo
Ana Paula Abrunhosa- artesã
Fernando Nelas Pereira- artesão
Isabel Martins- artesã
Alexandra Pambouka- estudante
Gonçalo Gama- estudante
Como é que produtos de cestaria podem criar uma vivência mais sustentável ao trazer a natureza para habitações partilhadas
No passado, a cestaria era usada nas áreas rurais, para guardar ou transportar mercardorias e para atividades do diárias. O nosso desafio de design foi como dar valor a este material humilde no contexto da vida urbana no seculo XXI.
Coreto é uma mesa de café facilmente transformada de 2D para 3D. Uma peça de mobiliário facilmente montada sem o uso de parafusos. Foi também pensada para caber numa bagagem de porão. Hoje em dia, muitas pessoas vivem como “nómadas modernos”. O Coreto foi concebido como um objeto que responde às necessidades de mobilidade dos “nómadas modernos” sem comprometer valores de sustentabilidade ambiental.
Créditos fotográficos: Jenna Duffy, Alexandra Pambouka, Gonçalo Gama
Cruzamentos
Biombo
Fernando Nelas Pereira- artesão
Francisca Cardoso Patrocínio- estudante
Niels Nijman- estudante
Como pode a cestaria criar diferentes ambientes através da iluminação?
Cruzamentos é uma peça que cresce a partir de Vime de Gonçalo, Guarda, nas plantações de Fernando Nelas Pereira. A peça é composta por painéis móveis que se entrelaçam entre si.
O movimento da peça permite a criação de mais ou menos privacidade. Ao deslizar os painéis, o utilizador pode criar diferentes densidades de transparência. Cruzamentos é uma ferramenta para alterar ambientes e organização do espaço.
Créditos fotográficos: Jenna Duffy
Meio
Assento de descanso em Vime e Bunho
Manuel Ferreira- artesão
Fernando Nelas Pereira- artesão
Iany Gayo- estudante
Weronika Banas- estudante
Como pode a cestaria libertar tensões?
MEIO é uma ferramenta de relaxamento que tira vantagem do movimento para libertar tensões. Uma junção de duas técnicas e matérias-primas - Bunho e Vime - que agregam descontracção e conforto ao nosso dia-a-dia.
Créditos fotográficos: Jenna Duffy
To Caminhos
Encontra caminhos, 3 peças, cada uma num material diferente
Palma, Bunho and Bracejo
Isabel Martins- artesã
Manuel Ferreira das Neves- artesão
Vanessa Flórido- artesã
Francesca Miotti- estudante
Denise Santos- estudante
Como pode a cestaria ajudar a criar uma sinalização inclusiva num espaço de cowork?
Neste projeto focamo-nos nas propriedades e nas possiblidades dos diferentes materiais e nas técnicas tradicionais colocando as num contexto incomum e transformando materiais naturais em formas de comunicação.
O uso de texturas e formas alcançáveis em cada abordagem permite criarmos corrimões visuais e táteis, variando o ritmo e o sentido usando a repetição. Estes podem ser segui- dos por pessoas com deficiências visuais ajudando a encontrar direções e áreas dentro de espaços partilhados e públicos.
Créditos fotográficos: Jenna Duffy, Denise Santos
Design Gráfico Summer Camp: Audrey Schayes
Para encomendas contacte-nos - info@passaaofuturo.com - e partilharemos o contacto das respectivas equipas.
As peças são vendidas pelos artesãos e estudantes.